Ano 6 – 74 18 de setembro de 2023
Crescimento econômico 2023: 2,9% a 3,5% (intervalo de expectativa em mercado).
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PIB 2023 mais resiliente que o esperado reflete impulsos setoriais diversos:
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O ciclo de expansão econômica também é derivado da política econômica do governo de maior gasto público, para estimular a demanda e promover crescimento do produto econômico (PIB) com melhor bem-estar social. Essa economia política baseada na ampliação do gasto e crédito público, favorece maior estímulo econômico conjuntural; mas, não garante sustentabilidade de crescimento econômico no longo prazo.
Um indicador dessa insuficiência para promover o crescimento econômico sustentável é a taxa de investimento na economia (FBKF), que tem sido muito baixa na maior parte da última década, e também atualmente. Vide abaixo o baixo Investimento (FBKF), e crescente Gasto Público e Consumo.
Entretanto, este cenário de crescimento do PIB, indicado nos vários gráficos acima, mostra desaceleração em seu ritmo de alta nas comparações de variação % no trimestre sobre o mesmo trimestre do ano anterior (exemplo Consumo das Famílias). As razões dessa perda de ritmo de recuperação na curva de evolução histórica recente são conhecidas: alta da inflação (agora oscilando em menor patamar) e política monetária bastante restritiva com juros reais (acima da inflação observada) muito elevada.
IPCA de agosto 2023: núcleos de inflação desacelerando e melhora geral na composição.
COPOM: IPCA de agosto favorável, reforça hipótese de redução de 0,75% mais a frente.
E o Risco Fiscal?
A regra fiscal aprovada no Congresso prevê déficit público primário de 0,0% do PIB em 2024.
O Orçamento Público 2024 prevê um ajuste fiscal focado no aumento extra de arrecadação de R$ 168 bilhões para cumprir a meta de déficit primário zerado. Os analistas especializados em contas públicas acreditam ser uma meta muito difícil de cumprir, e que será necessário contingenciamento do gasto público.
A ministra do Planejamento, Simone Tebet, declarou que a avaliação das políticas públicas vai garantir que o governo possa tratar também do corte de gastos a partir do próximo ano.
Assim, enquanto o mercado entender que o atual risco fiscal será tratado seriamente pela equipe econômica do governo; prevalecerá o “benéfico da dúvida”, postergando uma precificação mais forte do risco fiscal na taxa de câmbio e taxa de juros de mercado. Contudo o mercado vai monitorar esse risco.
Portanto, a tendência de conjuntura e mercados, com alguma volatilidade, é de prevalecer um viés positivo nos próximos meses até dezembro.
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