A desaceleração no ritmo de crescimento do PIB no final de 2023 deixou uma herança contracionista para o início de 2024 (ano de eleição). O governo, inclusive agora reagindo a recente queda de popularidade, tem acentuado medidas e estímulos para impulsionar mais rapidamente o crescimento econômico.
No 1º trimestre 2024, as instituições financeiras passaram a projetar o PIB 2024 para 2%, com viés de alta (entre 2,1% e 2,5%). O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo deve revisar a estimativa do PIB 2024 para “2,5% acima” (na FIESP, 27/03/2024).
Na semana passada, o Banco Central manifestou maior incerteza com relação ao cenário futuro, indicando cautela na trajetória de redução da taxa básica de juros (SELIC). Vide “ata do Copom” e “simulação de ritmo corte de juros SELIC”.
Síntese econômica: a abordagem de economia política do governo Federal, de alavancar a demanda agregada da economia, é acrescida significativamente pelos elevados gastos eleitorais de Estados e municípios. O crédito público em franca expansão, ao lado do retorno mais expressivo do crédito privado, a partir de medidas em elaboração, aprovação competente, e implementação pelo Ministério da Fazenda tem perspectiva de viabilizar maior oferta de crédito. |
RELATÓRIO TRIMESTRAL INFLAÇÃO Março 2024 (BANCO CENTRAL)
Projeção para evolução do Crédito em 2024 |
O “agregado macroeconômico” de maior emprego, renda, e crédito em seu clássico “efeito multiplicador” da renda disponível no curto e médio prazo, elevará o produto nacional bruto (PIB 2024) para patamar acima das expectativas atuais.
Revisão de projeções Acrefi: PIB 2024 de 2% para 2,3%; SELIC dezembro 2024 de 9% para 9,25 %; IPCA 2024 3,8%; taxa de câmbio R$/USD 5,00.
A dinâmica de crescimento, desempenho dos negócios e consumo das Famílias no 2º semestre 2024 tem viés otimista, mas ainda assim, dependerá da resultante entre os “vetores” abaixo.
Vetores impulsionadores: Emprego elevado e Renda maior; Aumento do salário mínimo e ampliação do “bolsa família”; Liquidez (antecipações de aposentadorias e pensões, pagamento de precatórios); Crédito Público em expansão (bancos públicos); Crédito Privado retomando maior oferta; Gastos Públicos (obras e investimentos do PAC); Gastos em obras públicas em Estados e Municípios; Investimentos crescentes via BNDES.
Vetores limitadores: Passivo elevado Famílias & Empresas – restrição renda líquida & insuficiente geração de fluxo de caixa; Inflação & taxa de juros doméstica e internacional; Taxa de câmbio e fluxo de capital; Preço de ativos e retorno de capital (lucro); Contas fiscais e orçamento público (meta fiscal, limites de gasto público); Eleição nos USA e Brasil (disputas eleitorais e ruídos políticos); Debate sobre indicação do novo presidente do Banco Central; Questões geopolíticas, climáticas, dinâmica de “soft landing” (USA), China com incertezas.
NDICADORES ECONÔMICOS
PNAD & Caged em desempenho amplamente positivo
Segundo a PNAD Contínua (IBGE), a taxa de desocupação para o trimestre móvel encerrado em janeiro de 2024 ficou em 7,6%, mesmo percentual do trimestre móvel anterior, enquanto ocupação e rendimento tem crescido. Na comparação com o mesmo período de 2023, recuou 0,7 ponto percentual. Desocupação tem sido descendente desde pico de 14,8% em 2021.
Segundo o Caged (27/03/2024), houve criação líquida de 306,11 mil vagas com carteira de trabalho em fevereiro, acima das expectativas. A média móvel trimestral subiu para 139 mil vagas, a maior métrica desde maio do ano passado. Indicador mostra vigor, com dois meses de forte geração de emprego.
IPCA-15: melhor que anterior, mas ainda com pressões localizadas e queda lenta
IPCA 15 de 0,38% em março 2024, maior que a expectativa de 0,30%. Em doze meses acumula alta de 4,14 %. Houve queda no mês, mas o recuo da inflação em direção a meta de 3% é mais lento que o desejado. Gasolina foi maior alta individual, grupo alimentação e bebidas cedeu menos que previsto, e serviços subjacentes em queda menor que o esperado.
Ata do Copom (Banco Central) – 26/03/2024
A decisão do Copom de finalizar a “sinalização futura” (forward guindance) ao lado da preocupação com ritmo de crescimento dos salários – em momento de estímulos adicionais pelo governo para expansão do emprego e consumo – indica possibilidade de fechamento do “hiato do produto”. Para o Copom, esse contexto reforça a preocupação com a trajetória da inflação de serviços, que pode ter transmissão via aumento do emprego e salário real.
Ata do Copom, disponível no link: https://www.bcb.gov.br/publicacoes/atascopom
Contratos DI Futuro (b3) – taxas de juros
Mercado precificou maior prêmio de risco na trajetória da taxa juros futuros.
Taxa câmbio & bolsa de valores
Câmbio continua sensível aos múltiplos eventos internos e externo, em especial as flutuações da curva de ajuste de juros pelo FED (USA), com limitada banda de flutuação.
Ibovespa (B3) teve perda no fluxo externo, devido ruído relativo as estatais.
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