06/03/2024 às 10:19

Como o empreendedorismo liderado por mulheres impacta a economia? Confira estatísticas!

Empreendedorismo Feminino
Por Omni

Você sabia que as mulheres que optaram pelo empreendedorismo estão fazendo história no Brasil? À frente de negócios diversificados, elas geram impactos econômicos e sociais que transformam as suas próprias vidas e se estendem por todo o país.

O trabalho realizado por empresárias na criação e manutenção de companhias exerce influência em diferentes indicadores, como os níveis de emprego. Além disso, elas atuam como catalisadoras e promotoras de mudanças, gerando um ciclo de prosperidade por onde passam.

Quer saber mais sobre os efeitos que o empreendedorismo das mulheres gera na economia e na sociedade brasileira? Então acompanhe a leitura!

Elas estão à frente de mais de 10 milhões de negócios

Segundo dados da pesquisa Empreendedorismo Feminino, feita pelo Sebrae, no terceiro trimestre de 2022, o Brasil tinha cerca de 10,3 milhões de empresas fundadas por mulheres. O volume representa 34,4% dos empreendimentos no país.

Os números são históricos e apontam que as empreendedoras conseguiram superar o período ruim da pandemia da Covid-19. Ainda conforme o levantamento, o empreendedorismo feminino alcançou o seu pior índice durante a crise do coronavírus.

Contudo, elas se recuperaram e cresceram com força nos anos que se seguiram — mostrando a potência de seu trabalho.

Empreendedoras movimentam o nível de emprego

Além dos dados impressionantes de mulheres à frente de negócios, o Sebrae revelou um aumento de 30% na quantidade de empregadoras entre os anos de 2021 e 2022. No período, houve crescimento de mais de 300 mil empresárias que contrataram pelo menos um funcionário.

As empreendedoras geralmente trabalham sozinhas, como também apontou a pesquisa. Porém, o seu grau de influência sobre os níveis de emprego no Brasil tem crescido ao longo dos anos.

O impacto é visto em diferentes áreas da economia

Elas geram empregos, além de outros efeitos positivos em diversos campos econômicos. A mesma pesquisa do Sebrae revelou que 53% das mulheres lideram negócios na área de serviços. Outros 27% delas comandam empresas no comércio, enquanto 13% são empresárias na indústria.

Já os setores de agropecuária e construção representam 8% do total levantado. Logo, as empreendedoras estão concentradas na prestação de serviços. O número é 17 pontos percentuais superior ao patamar dos homens.

Mesmo assim, percebe-se que elas circulam por diferentes setores da economia, levando o impacto do seu trabalho a diferentes segmentos.

Elas entregam melhores resultados, mesmo recebendo menos dinheiro

O Boston Consulting Group (BCG) aferiu que empresas com fundadoras mulheres, geralmente, recebem menos aportes em rodadas de investimentos do que aquelas criadas por homens. No entanto, os dados mostram que as empreendedoras executam um trabalho mais eficaz na liderança de suas companhias.

Ainda segundo a pesquisa do BCG, as startups fundadas por mulheres acabam entregando uma receita maior — mais do que o dobro por dólar investido. Portanto, esses são negócios que se tornam mais atrativos para investidores.

O levantamento também apontou que os empreendimentos fundados e cofundados por elas tiveram desempenho melhor ao longo do tempo, com receita acumulada 10% maior em um período de cinco anos. Os números passaram de US$ 662 mil para US$ 730 mil.

Nesse cenário, as empresárias que captam recursos a fim de investir em suas empresas conseguem resultados mais expressivos do que os gerados pelos homens em mesma situação.

Negócios femininos geram ascensão financeira e social

Além dos melhores resultados financeiros gerados pelas fundadoras, o empreendedorismo feminino promove significativa ascensão financeira e social. Uma pesquisa realizada pela Serasa Experian aponta que 4 entre 10 mulheres desejam ser independentes financeiramente com os seus negócios.

Assim, parte relevante das empreendedoras trabalha em busca de ganhos que as mantenham seguras em relação às suas finanças. O levantamento também revelou que quase 60% das empresárias afirmaram que toda a sua renda é proveniente do próprio negócio.

Ainda, mais da metade das entrevistadas disse que já alcançou a desejada independência financeira com o empreendedorismo. Além dessa motivação, foram apontadas pelas empreendedoras como razões para a abertura da empresa:

  • flexibilidade de tempo: 29%;
  • fazer aquilo em que acredita: 24%;
  • ter renda extra: 21%.

Como você pode ver, essas mulheres encontram no empreendedorismo a fonte para realização em áreas variadas de suas vidas.

Ciclo de prosperidade para a família e a comunidade

Além de promoverem benefícios próprios, as empreendedoras são responsáveis pela melhoria de vida de outras pessoas ao seu redor. Isso é o que afirma Marina Barbieri, coordenadora do Sebrae Delas Mulher de Negócios, de Santa Catarina.

Em entrevista, Marina afirma que aquelas que empreendem geram um ciclo de prosperidade em relação à comunidade, à sua família e a outras mulheres. Para tanto, elas investem mais na educação dos filhos, oferecem suporte a outras pessoas e criam oportunidades de trabalho para o público feminino.

Elas geram suporte ao empreendedorismo de mulheres

Não satisfeitas em oferecerem oportunidades de crescimento às pessoas ao seu redor, as empresárias também trabalham ativamente pelo empreendedorismo. Desse modo, a ideia é promover o conceito para mais pessoas, explorando as suas vantagens.

Redes de apoio, networking, mentorias e outras iniciativas são comuns entre as mulheres. Elas se reúnem a fim de trocar conhecimentos e experiências — fortalecendo a comunidade e mostrando o caminho para aquelas que desejam usufruir dos benefícios de abrir o próprio negócio.

Empresárias investem na saúde feminina

Os impactos do empreendedorismo liderado por elas ainda podem ser percebidos na promoção da saúde das mulheres. A área é historicamente negligenciada, sendo deixada em segundo plano por muitas pesquisas e investimentos.

Isso se reflete em um levantamento realizado pela McKinsey, indicando que apenas 2% da pesquisa e inovação de saúde está investida em condições especificamente femininas. Entretanto, esse cenário tem chances de mudar.

As empreendedoras enxergam boas oportunidades de negócios e de melhoria da qualidade de vida das mulheres na área. A Forbes noticiou um crescimento bilionário em aportes para a saúde feminina entre os anos de 2006 e 2022, e o aumento do público feminino que investe no setor.

Como você conferiu ao longo deste conteúdo, o empreendedorismo exercido por mulheres é capaz de gerar diversos benefícios à economia local e nacional.  Elas empregam, fortalecem a comunidade e se apoiam, levando os efeitos positivos de seus negócios para além das dependências de seus negócios.

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